segunda-feira, 22 de março de 2010

Existência nadificante

Lacunas lastimáveis se debruçam sobre a saliva quente do tempo

Semelhantes aos pequenos desejos infantis, os pensamentos abraçam e impedem todo gênero de fuga;

A sutileza dos desencantos embeleza os amarelados pinheiros da racionalidade.

Anulam-se dois seres crepusculares, os jardins romanos frutificam suas essências aporéticas;

O vazio se estabelece na forma dissonante dos gritos viscerais que se entrecortam na confluência do silêncio.

Neste momento tudo faz sentido, desfaz-se do sentido fragmento,

Contempla-se a degenerativa completude do não sentimento.

Arte: Jean-Michel Basquiat

Um comentário:

  1. Mas que profundo momento de centralização das loucuras trancadas,só abertas pra estes tipos de coisa...
    A retomar a pureza...
    Loucura??

    Muchacho,ainda está no baú...

    Trancado por milhões de coliformes animais...

    No fundo...

    De cada abissal mente humana...
    Coincidem-se alguns seres não Professor ??

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