Benjamin nas mãos e o último instantâneo no pensamento, presenciei uma cena essencialmente humana, sublime:
Chutes, pisões e socos eram distribuídos em um rapaz em plena "ágora" ferrazense, compondo, em meio aos gritos de "cê é jão, pra mim!" e estrondos graves de botinadas no tórax alheio, algo semelhante a um funk carioca dos mais interessantes, evidenciando a bela sutileza do caos pulsional humano. O sadismo da "platéia" refletia-se no sorriso aprazível da "garota hot-dog" com aquela água amarelada que escorria do canto da sua boca. Alguns garotos gritando "mata, mata!", satisfazendo suas pulsões na completude alheia, fomentavam a transgressão insaciável dos agressores.
Chutes, pisões e socos eram distribuídos em um rapaz em plena "ágora" ferrazense, compondo, em meio aos gritos de "cê é jão, pra mim!" e estrondos graves de botinadas no tórax alheio, algo semelhante a um funk carioca dos mais interessantes, evidenciando a bela sutileza do caos pulsional humano. O sadismo da "platéia" refletia-se no sorriso aprazível da "garota hot-dog" com aquela água amarelada que escorria do canto da sua boca. Alguns garotos gritando "mata, mata!", satisfazendo suas pulsões na completude alheia, fomentavam a transgressão insaciável dos agressores.
Nota-se que a mutilação da linguagem esteve intimamente ligada ao ato "licitamente ilícito"(visto que a polícia se manteve estática), afinal os indivíduos que estabelecem um diálogo "civilizado", recalcado, não terminam um desentendimento com atos tão violentos e prazerosos como esses, sobretudo para aqueles que apenas contemplam.

Obra de arte - Jackson Pollock
Homem, o eterno monstro caótico.
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