segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cafeína

Um copo de café corriqueiro, um minuto de nadificação e uma sublimação:

“Logo após beijar suas canelas, cheirosíssimas e brancas, desatava os belos laços róseos, com toda delicadeza poética de Neruda, e passeava as pontas dos macios fitilhos doces por toda sutileza da sua pele tênue; percorri, assim, por todos os lindos e desejados corações do seu corpo sereno, atentando-me a cada contorno ameno e meigo destas belas representações que se projetam na minha psique.
Com a saliva acumulada de prazer e desejo, vou mordendo vagarosa e intrinsecamente as suas costas, saboreando os sentimentos delirantes e furtivos do seu âmago. Sigo levemente para a parte inferior deste desejo onírico, deslizando liricamente os lábios na brancura e maciez natural das suas nádegas: realizando as sublimações psíquicas que me conduzem a pseudo insanidade da ‘irrealidade do verbo estar’.
Realização semelhante obtenho na surreal completude de deitar a língua quente no pequeno coração abaixo de sua virilha, subindo libidinalmente ao centro da sua composição pura e deliciando-me com a permanência dos meus patológicos lábios quentes em meio a umidade saborosa e sublime dos seus...”


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