domingo, 16 de dezembro de 2012

"Torna-te quem tu és"

Engendre-se no mais íntimo e tênue
desassossego de sua ínfima introspecção.
Descubra, neste incisivo umbral,
os crepúsculos lacunares de sua gênese
(equívocos esquálidos e refutáveis).

Sabendo que nunca será o que fomos,
nem mesmo o que sou,
escancare suas incompletudes nas
 idiotizadas e nadificantes condutas existenciais:
peças desprezíveis deste tabuleiro vazio.

Continue a provar para o ego
 a vida de nossas antíteses
que sempre estiveram ocultas
nas poeiras de sua utópica inconsciência.

A sapiência não é mera virtude
em que qualquer espasmo
- corroído em disparate -
apropria-se de maneira real.

E hoje,
após imensa falácia cognitiva,
permite-se retornar aos escombros
de sua doxa pífia e aviltante -
inerência sedutora exorbitante
de um fatigado descaminho:
ontologia fútil, errante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário